domingo, 6 de fevereiro de 2011

Dia 30/1 - Travessia das Cordilheiras dos Andes

Domingo dia 30, a vontade de chegar em casa é maior do que conhecer Valparaiso e Viña del Mar
Por volta das 7h da manhã, saí de Santiago em direção às Cordilheiras. Um desafio de subí-la, atravessar as dezenas de curvas do caracoles, foi inevitável.
Acelerei bem, na expectativa de chegar logo ao começo de grande travessia, lida na maioria dos relatos das grandes viagens dos amigos motociclistas, agora era chegada a minha vez!!
Pura emoção!
Aos poucos fui avistando aquele cenário de montanhas gigantescas, e confesso que dá um frio na barriga! mas, o medo vai sendo vencido a cada quilômetro.
Conheci um casal de francês num motohome, e tivemos o prazer de tirar várias fotografias.
Bom, a travessia entre Santiago (Chile) a Mendoza (Argentina) foi em torno de 260km, no entanto, foi o dia todo! considerando o tempo que ficamos parado para os trâmites junto à aduana.
A subida foi até rápido, e chegamos em uma altitude de pouco mais de 3000metros, porém, a descida foi bem longa.
No fim do dia estava em Mendoza, onde encontrei o Ibis Hotel, conhecido hotel que costumo me hospedar aqui no Brasil.
Dia seguinte, 30/01, parti de Mendoza, rodando uma média de 700km por dia, em direção à minha casa, dormindo em Santa Fé (Arg) e em Itati (Arg).
De Itati segui direto para Foz do Iguaçu, passando com tranquilidade pela Fronteira.
Até então, a moto estava sob controle, sobre a questão da embreagem, pois toda vez que ela apresentava o problema, geralmente quando em uma fila de pedágio, eu a desligava, bombeava a manete, e ela voltava ao normal.
Porém, quando falta uns 15km para chegar a Cascavel, a coisa se agravou.
Vinha em sexta marcha, e ao parar no pedágio, já se apresentava com a embreagem presa, tanto que tive que matar a máquina para parar.
Procurei um posto de combustível para a avaliar a situação, pois também começava a chover.
Avistei um hotel bem ao lado deste posto, me instalei e imediatamente liguei para a BMW.
Em 40 minutos havia um guincho para buscá-la e levá-la para a Star News em Curitiba.
Mais tarde, recebi minhas passagens para pegar um voo para casa.
Assim fiz, retirei toda a bagagem, trouxe para casa, e agora estou só aguardando o ok para ir buscá-la devidamente sanado o problema da embreagem.
Resumo: Foram 38 dias de muita adrenalina, alegria, e muito conhecimento cultural.
Agora, com a experiência adquirida, é planejar a próxima viagem, provavelmente para o Deserto do Atacama!
Os demais amigos retornaram primeiro.
É isso!



























29/1 - de Concepción em direção a Santiago do Chile

A viagem até Santiago foi bem interessante, com boas estradas, e pude perceber a educação do chileno no trânsito, onde a maioria andava a 120km por hora, e mesmo aquele que andava mais rápido, se em dado momento qualquer veículo o impedisse de continuar a andar na velocidade superior, este passava a andar na mesma velocidade do veículo da frente, mantendo uma distância entre o seu veículo e o outro, demonstrando uma invejada educação ao dirigir.
Cheguei em Santiago já no início da noite, e logo logo, já estava no centro, conseguindo hotel.
Fiquei encantado com a limpeza, o cuidado das construções, mesmo que antigas, parecendo muito com o centro de São Paulo e Rio de Janeiro.
Pude avistar também, entre os prédios, um deles com marcas do terremoto, com suas paredes desmoronadas e escoradas. Uma pena, pois se tratava de uma obra muito bonita, provavelmente do século passado.
Após me instalar no hotel, saí para jantar, e encontrei uma vasta opção de restaurantes, como mexicano, peruano..rsss, e perguntei se por alí se encontrava algum restaurante brasileiro, pois queria muito comer um arroz, um feijão, coisa normal, entende?
Como não encontrei, encarei mesmo um restaurante peruando, e pedi uma sopa de mariscos, saborosa por sinal, principalmente acompanhada de uma boa cerveja gelada.
A seguir, dormir, para encarar as cordilheiras, pois o que eu mais queria era voltar para casa.
Valparaíso e Viña de Mar, só na próxima viagem.























Dia 28 - Desembarcamos em Puerto Montt

Desembarcamos às 7 horas da manhã em Puerto Montt. Após o desembarque da Scânia que trazia minha moto, soube pelo motorista que ele só sairia dalí após o meio dia.
Como, na tentativa de resolver o problema da embreagem em Punta Arenas, a moto havia se destravado, não perdi tempo.
Pedi que descesse a moto, pois estava seco para andar nela..rsss, e iria percorrer nela mesmo, até a Concessinária BMW em Concepción, nela mesma, uma distância aproximada de 500km.
Bom, assim que descarregou, primeira coisa! Ver se pagava. Pô, foi no estalo!
Arrumei toda a bagagem e imediatamente, parti para Concepcion.
Como ainda era cedo, e o sol estava tímido, já viu. Peguei um tremendo frio, como o termômetro marcando 6 graus, e meus dedos das mãos doendo prá cacete, de tão frio.
Logo após passar pelo primeiro pedágio, escacionei, troquei minha luva pela de inverno, assim como, me equipando com as roupas de frio extremo!
A partir daí, foi só alegria!!!
A medida que rumava mais ao norte a temperatura aumentava, e os 500km, cada vez mais longo! Assim, qdo cheguei a Concepción já se passava das 8 horas da noite, dessa sexta-feira.
Procurei um hotel, me instalei, e no dia bem cedo já estava na porta da Balforur Motors, aguardando a abertura desta.
Pouco mais de 1 hora depois apareceu um funcionário, que, imediatamente contactou o mecânico que até estava de folga...rsss, porém, se mostrou com muito boa vontade, e veio para me atender.
Ele chegou, trocou todo o fluido do circuito hidráulico da moto, saiu para dar uma verificada se havia ficado bom, e em seguida, providenciou a lavagem da moto, me entregando.
A essa altura, já se passava do meio dia, e a concessionária encerrava o expediente às 13 horas.
Fui ao hotel, fechei a conta, peguei tudo que tinha e caí na estrada, rumo a Santiago do Chile.
Percebi logo a poucos km que a moto continuava com o mesmo problema.
Dei meia volta, mas já encontrei a Concessionária fechada.
Então pensei. Vou embora com ela assim mesmo.
E assim fiz.
Fui até Santiago, dormi num hotel bem no centro, por sinal que cidade bonita, organizada, com muitas construções antigas, porém, muito bem conservadas, limpas.
Dia seguinte: Parti para as Cordilheiras, pois a vontade de chegar em casa era maior do que tudo!
Mais de um mês fora de casa!






























Continuação da viagem na embarcação!

Último dia da viagem.
Sempre neste dia, faz-se uma festa na embarcação.
No dia seguinte, bem cedo, desembarque em Puerto Montt!!!





























A Viagem - Paisagens

Sem palavras!!!





























Dia 25/1 - Começa a Viagem de Navio (Transbordador)

Na terça-feira 25/1, começou uma viagem de Transbordador através dos fiordes e canais patagônicos. Simplesmente imperdível. Toda terça-feira, sai essa embarcação de Puerto Natales em direção a Puerto Montt, e leva 3 dias inesquecíveis, em que é transportado uma dezena de carretas de carga, automóveis e também muitos turistas vindo de toda parte do mundo.
Uma ótima oportunidade para treinar outros idiomas..rss, pois todos procuram conversar com todos, num clima de descontração, muitas famílias com seus filhos, vindos das partes mais variadas do mundo, como Inglaterra, Austrália, e... o interessante! Eles querem aprender a nossa língua também!
Como vocês podem, existe todo tipo de transporte, inclusive, vários caminhões transportando gado, que ficam bem juntinhos..rss e em pé na carroceria.... é de dar dó.....rss























segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Novidades está por vir

Acreditem se quiser:
Chegamos em Puerto Natales em torno de 7h da noite, e o motorista foi fazer o procedimento com a empresa Navimag, sumiu durante um bom tempo, e quando retornou, me disse que, como não havia feito reserva, talvez seu caminhão não pudesse embarcar, que só após mais uma semana. Então afirmei: Desce a moto então, que vou por terra.
Ele sugeriu que eu comprasse a passagem da moto, e embarcasse somente com a moto.
Não concordei. Então, depois de algum tempo, ele combinou com um outro motorista de uma Scânia, que estava só com o caminhão, sem a carroceria, que recebesse a moto na trazeira dessa Scânia, para que não perdesse essa viagem, e assim foi feito.